Déjà vu...

“Onde é que eu já vi isto?” é uma pergunta que, certamente, já todas as pessoas colocaram a si mesmas.
Eu, como não sou diferente, também já a fiz. Contudo, ultimamente, ando a fazê-la demasiadas vezes, para meu gosto.
Estão intrigados?
Eu explico.
Nos últimos 3 anos, partilho na faculdade o gabinete com duas colegas – a “velha” e “a nova”. Esta forma de as referir não tem nada de depreciativo. De facto, uma é muito nova e a outra anda pela minha idade.
Acontece que a “velha”, divorciada há muito tempo, decidiu “dar em cima de mim”.
De início fazia-o de forma discreta. Algumas conversas; convites para ir tomar café no bar; e coisas deste género. Lá fui lidando com o caso, “deslizando” entre alguns “pingos de chuva”, esperançado que a “coisa” fosse acalmando e a senhora se chateasse e “virasse” as “agulhas” para outra direcção... enganei-me!
Perante a insistência comecei a tentar delinear uma estratégia para acabar de vez com a situação. Contudo, não tive grande tempo e disponibilidade para isso, pois um belo dia, perante uma marcação mais cerrada agi por impulso.

Não, não dei um tabefe na “velha”...

Olhei para ela muito sério e disse:
- Não percebeste ainda que eu sou gay?
- Não reparaste ainda na pessoa que costuma vir ter comigo?
O assunto ficou assim, definitivamente, resolvido.

Há tempos estou a ser vitima de um processo semelhante... um verdadeiro “déjà vu”!!!

O que me aconselham?
Continuo o jogo do “gato e do rato”, ou abro já o “jogo” todo???