CCB - visita de estudo...

Há muitos anos que não fazia uma visita de estudo com alunos do ensino secundário. Lembro-me muito bem da última que teve lugar nas Grutas de Sto António e que acabou com umas peripécias que contarei num futuro post.

Confesso que tinha decidido que não repetiria a experiência mas, como as minhas estagiárias têm de mostrar “serviço” neste campo… lá me decidi a ir.
Nem imaginam como me sentia nervoso antes de partirmos da escola. Aquela coisa de contar os alunos, de estar muito atento a tudo o que eles podiam fazer durante o tempo que estavam à minha “guarda”, a preocupação de não se afastarem durante o tempo de espera para o regresso, era um bicho de sete cabeças.
A visita foi ao CCB, a uma exposição interactiva sobre Jogos Matemáticos.
A exposição começa por apresentar a história e os tabuleiros daqueles que foram alguns dos jogos que a humanidade conhece desde sempre: o xadrez, o go, o mancala, o moinho (antepassado do jogo do galo) ou o alquerque (antepassado das damas) - assim como tantos outros que se jogaram durante a Idade Média na Europa, desde os mais populares até alguns mais académicos e pedagógicos.
Continuando a percorrer a exposição, a ênfase passa a recair nas relações entre a matemática e os jogos. Será possível perceber de que trata a Teoria dos Jogos (um ramo da Matemática Aplicada que é usada em questões de Economia, Sociologia e até Ciência Política) e conhecer o “Stomachion”, uma paciência recentemente descoberta, que terá sido estudada por Arquimedes.
No final do percurso, os alunos puderam jogar online alguns dos jogos da exposição e compreender aquele que foi o contributo que os computadores introduziram na história e na prática do jogo - onde a generalização da Internet permitiu, não só, colocar em contacto jogadores situados em lugares distantes, como a invenção e implementação de partilha de novos jogos por parte dos vários utilizadores, de que é exemplo o site “Zillions of Games”.
Correu tudo muito bem. Os alunos foram muito ordeiros na entrada do autocarro, na saída no CCB, no tempo que esperámos para entrar, nos momentos que tinham para jogar. Colocaram imensas questões e algumas delas que eu não contava que colocassem.
Como os monitores da exposição foram, na sua maioria, meus alunos na faculdade, até deu para “meter o bedelho” e complementar alguma da informação que eles estavam a dar.

No final, enquanto esperávamos que os alunos de outra turma acabassem a visita, até deu lugar a fotografias de grupo e tudo!

Foi engraçado, senti-me bem… mas não penso repetir muitas vezes!!!