Pegar fogo...
As escolas estão a pegar fogo!
O ambiente na minha está a ficar de cortar à faca.
As opiniões dividem-se e o clima de suspeita e intriga anda no ar.
O conselho executivo, apesar de todos os votos contra do Conselho Pedagógico, "aprovou" e enviou um calendário de implementação da avaliação dos professores.
E eu?
Eu ando irritado com aquilo tudo.
Hoje, numa entrevista que dei à RTP, parti a loiça toda...
Há uma pequena luz ao fundo do túnel...
A movimentação e as manifestações podem resultar.
É preciso uma participação maciça na Grande Marcha da Indignação!!!
O ambiente na minha está a ficar de cortar à faca.
As opiniões dividem-se e o clima de suspeita e intriga anda no ar.
O conselho executivo, apesar de todos os votos contra do Conselho Pedagógico, "aprovou" e enviou um calendário de implementação da avaliação dos professores.
E eu?
Eu ando irritado com aquilo tudo.
Hoje, numa entrevista que dei à RTP, parti a loiça toda...
Há uma pequena luz ao fundo do túnel...
A movimentação e as manifestações podem resultar.
É preciso uma participação maciça na Grande Marcha da Indignação!!!
Etiquetas: Coisas da escola
15 COMENTÁRIOS:
Podias ter dito qq coisinha, afinal não é todos os dias que te vejo na TV.
Se a tua está dividida, a minha está cega, fundamentalista e a arranjar lenha para queimar os seus profissionais.
Nunca pensei poder vir a dizer isto, mas a tutela está a fazer com que me seja cada vez mais penoso ir para a Escola. E era o que mais me fazia sorrir no dia-a-dia!... O que me vale ainda são os meus alunos, de quem tanto gosto.
Sinto-me triste, defraudado, humilhado e enraivecido. Mas também sinto - pela primeira vez, desde há muitos anos - que os professores estão mais unidos e determinados, fartos da demagogia balofa sindical. Há que tomar uma atitude forte e solidária: há que mostrar ao país o quanto ele está a ser enganado pelo Ministério da Propaganda aka M.E.
Estive na Avenida dos Aliados á semana passada. Espero descer a Av. da Liberdade na semana que vem!
Bom fim-de-semana e um abraço.
á=a
Sou professor faz 21 anos. Já percori este país todo inclusivé a Madeira. Sempre adorei a minha profissão. Já fastei muito dinheiro do meu bolso a matar a fome a alunos ou a pagar viagens de estudo. Dei sempre o meu melhor. Neste momento só me apetece desistir, emigrar, deixar de vez este país. Sinto-me enojado com tanta mentira e incompetência deste ME. Dá vómitos olhar para a arrogância do pm e da ministra. Ensino aos meus alunos valores, atitudes correctas, diálogo em vez de violência, tudo o que esta gente não faz. Onde pára Portugal de Abril? Será preciso vir para a rua gritar como dizia Zeca Afonso? Aveiro organizou os congressos da oposição democrática, combatemos sem tréguas o fascismo e a ditadura. Por isso não desarmo, não me calarei. Po mim, pelos meus alunos, pelo meu país. Dia 8 lá estarei.
Não sou professor, como alguns sabem fui professor durante alguns anos na secundária e, mais tarde num Politécnico.
Conheço, por isso, mais ou menos, o ambiente.
Para mim, o problema não está na avaliação. Para mim, o problema está nas consequências da avaliação e no que ela vai implicar nas relações entre os companheiros da mesma profissão.
Por fim, não deixa de ser esquisito que professores, cuja parte substancial da carreira é dedicada à avaliação, não consigam encontrar um sistema de avaliação que considerem justo e equitativo para todos. Estranha-me muito....
Respeito todas as profissões e todos os profissionais, mas, sinceramente começa a cansar esta história, estas manifestações convocadas por sms, em que ninguém sabe ao que vai, só para aparecerem na televisão.
Cansa, dá uma má imagem da classe, dá ideia que não têm ideias, e mostra, nas entrevistas que dão que não sabem o que andam a fazer. Quem está de fora é o que vê.
Tenho pena de não te ter visto, tenho a certeza que valeu a pena, mas o panorama geral é pobre, muito pobre .... infelizmente....
Vamos ver no que dá....
Desculpa o testamento, lá calha....
Bom fim-de-semana
Podias ter dito que ías à RTP, bolas...
Logo vou estar muito atenta ao que o "meu" kareka vai dizer.
Beijos e aguentem firme que deve estar por dias...
PS- não encontrei a tua amiga, mas a Cardona foi no mesmo avião que eu (pra lá!)
Essa de não avisares que ias à Grande entrevista é imperdoável.
Quanto à luta dos professores ela é justa, mas está ser muito politizada; como dizes, sindicatos a mais, não dão resultado, pois os objectivos sindicais, vão muitas vezes muito mais além do que a defesa das classes...
Abraço.
Subscrevo os comentários anteriores...
Então não se diz nada à malta?
:)
Grande abraço
Esta é para o MrTB e não só...
De facto, todos os dias o professor exerce funções de avaliação. Mesmo que de forma não formal, no sentido de registada, é a avaliação reguladora que conduz a aula, os novos exemplos que se dão, a escolha da melhor forma de responder a um aluno. Mas todas as formas de avaliação que um professor "faz" aos seus alunos, é uma avaliação sobre uma acção exercida. Mesmo quando estava na formação inicial, na faculdade, era este "tipo" de avaliação que fazia.
Avaliar colegas é completamente diferente. Não há nenhuma acção anterior a essa avaliação.
Há ainda outras questões.
Será que todos os professores que vão exercer essa actividade estão preparados para o fazer?
Há professores que nunca foram sequer "observados" em situação de aula (profissionalização em serviço e mais de 6 anos de aulas)...
Meu caro TZ:
Aceito e registo. Talvez não tenha sabido explicar convenientemente o meu ponto de vista, mas o que eu queria dizer era isso mesmo "É muito difícil avaliar os colegas", Tanto mais quando essa avaliação pode ter consequências a nível do relacionamento pessoal que é, na maior parte dos casos, bastante "intima" a nível dos professores.
O grande desafio que enfrentam é esse mesmo, partindo do principio que todos consideram a avaliação necessária ao desenvolvimento do sistema de ensino: Encontrar um sistema de avaliação dos professores que seja justo, equitativo e aceite sem colocar em causa os relacionamentos pessoais.
Sei que não é uma tarefa fácil, mas enfrentá-la é melhor do que se recusarem a "ir à luta".
Como se diria noutros tempos.... A BEM DA NAÇÃO (a educativa, pelo menos).
Abraço
venha de lá essa entrevista que já tou farto de esperar !! :D
kisses
Ó MrTBear, a questão não é a avaliação, propriamente dita: os professores são os primeiros a querer ser avaliados. O problema é que os descritores da avaliação enfermam de erros gravíssimos em termos de benefício educativo. Vou só dar-te um pequeno exemplo.Em cerca de dezena e meia de parametros, oito (8!) dizem respeito - directa ou indirectamente - à avaliação dos professores em função do progresso e desenvolvimento dos alunos. O que é o mesmo que dizer, da sua transição. Quanto menos os professores retiverem alunos ou atribuírem níveis negativos, maior possibilidade têm de ter um 3 ou um quatro (um bom ou um excelente). Nenhum professor irá querer ter um 2, porque se tiverem duas avaliações destas podem vir para o olho da rua.
E agora eu pergunto-te: preferes que as notas dos teus filhos possam reflectir com nitidez a progressão da sua formação ou sejam fictícias (porque inflacionadas) e resultantes do medo dos professores?
Há mais coisas que podia apontar ao perverso processo de avaliação, mas provavelmente não te interessam porque não és professor e por isso não sentes a tremenda injustiça e a ignomínia da situação. É por isso que optei por uma que, enquanto pai, te afecta. O bastante para que estejas solidário connosco.
Acho muito bem, que os professores se lixem uns aos outros e deixem os alunos em paz.
Os putos vão para a escola com 4 anos, tem aulas de ingles, frances, alemão, música, ginástica, etc etc.
Acham bem, os putos chumbarem? O que vão os pais dizerem nos almoços de familia, na empresa.
os traumas que se criam nos putos por não conseguirem falar 3 linguas aos 5? Afinal são eles que estão a inventar a nova escrita, lol
Vá lá sejam bons professores e passem toda a gente ( agente é da policia.
Temos que ser um país para a FRENTEX/SIMPLEX, lá estão os professores com a mania de serem pais dos putos todos.
Abraço
A.
P.S: Estou a tentar ser Irónico. Mas compreendo a vossa revolta, já que não podem deixar este país, tentem na medida do possivel, serem voces próprios.
Obrigadíssimo por rua mensagem. Este mundo aqui ainda é novo para mim e estou à acostumar-me... Nao estou realmente à par do que está´`a acontecer em Portugal com os professores mas irei informar-me. Todas as mensagens despertaram minha curiosidade, principalmente pela seriedade deste assunto...
Caro Catatau. Claro que sou solidário, claro que a instabilidade do ensino me afecta enquanto pai e, como tal, vivo preocupado com a vida e formação dos meus filhos.
Tão preocupado que, com penso que sabes, nos vimos como que "obrigados" a optar por uma escola particular. A questão da avaliação, ao reflectir-se na melhoria do sistema de ensino, interessa-me muito, daí o facto de eu "fazer força" para que se encontre uma solução, daí eu estar preocupado com o facto de esta "revolução" afectar o desenvolvimento escolar dos meus filhos.
Continuo a ter esperança que vocês, os professores, vão saber encontrar uma solução. Mas também tenho a certeza que essa solução não será encontrada em manifestações de rua, mas num trabalho que, ninguém melhor que vocês sabe fazer, com ponderação e sentido de responsabilidade e racionalidade, deixando de lado o emocional e o politico.
Abraço
Oh... que pena não te ter visto na TV.
Se tiveres algum video podes mandar-me o link para o email?
Quero ver com quanta força partiste a loiça! hehe
abraço!
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