Justiça...
Há quase quatro anos, mais precisamente no dia 3/2/2004, roubaram-me o carro na Rua da Escola Politécnica. Dias depois, e respondendo a um anúncio que um amigo meu tinha posto no jornal, fui borlado em 250 €.
Eu sei que estarão a pensar - olha o lorpazinho!!! Eu próprio, uns quinze dias antes tinha feito esse comentário a uma pessoa que também tinha caído no conto do vigário...
Não vou aqui relatar como foi. Apenas vos digo que os "vigaristas" eram de primeira...
Movendo uns cordelinhos, afinal eu tinha um número de telefone e uma conta bancário, uma hora depois já sabia de quem se tratava. Dirigi-me à judiciária e apresentei queixa.
Esta manhã, ao fim deste tempo todo, realizou-se o julgamento do casal de burlões. Eram cerca de 80 as pessoas que, no espaço de 15 dias e sempre pelo mesmo processo, foram burladas e estavam hoje lá.
Dado que os burlões nã0 tinham testemunhas, o julgamento começou com a saida da sala de todos os queixosos que eram também testemunhas do Ministério Público. Passado cerca de meia hora fomos mandados entrar. Estranhando serem todos ao mesmo tempo, lá entrei e fiquei de pé como os restantes.
O discurso do juiz foi no mínimo revoltante.
Começou por referir que os acusados tinham confessado todas as burlas e mostravam-se arrependidos. Disse ainda que do interrogatório tinha ressaltado que os referidos "senhores" tinham recorrido a esse "expediente" devido a não terem trabalho na altura. Relembrou que, como a acção movida não incluia indemnização, ninguém iria receber o dinheiro extorquido, até porque os réus não tinham como pagar. Finalmente veio a cereja em cima do bolo - dado que os "coitadinhos" se mostraram arrependidos ele (Sr Dr Juiz) iria perguntar a cada um se queria retirar a queixa...
Assim vai a justiça em Portugal...
Eu sei que estarão a pensar - olha o lorpazinho!!! Eu próprio, uns quinze dias antes tinha feito esse comentário a uma pessoa que também tinha caído no conto do vigário...
Não vou aqui relatar como foi. Apenas vos digo que os "vigaristas" eram de primeira...
Movendo uns cordelinhos, afinal eu tinha um número de telefone e uma conta bancário, uma hora depois já sabia de quem se tratava. Dirigi-me à judiciária e apresentei queixa.
Esta manhã, ao fim deste tempo todo, realizou-se o julgamento do casal de burlões. Eram cerca de 80 as pessoas que, no espaço de 15 dias e sempre pelo mesmo processo, foram burladas e estavam hoje lá.
Dado que os burlões nã0 tinham testemunhas, o julgamento começou com a saida da sala de todos os queixosos que eram também testemunhas do Ministério Público. Passado cerca de meia hora fomos mandados entrar. Estranhando serem todos ao mesmo tempo, lá entrei e fiquei de pé como os restantes.
O discurso do juiz foi no mínimo revoltante.
Começou por referir que os acusados tinham confessado todas as burlas e mostravam-se arrependidos. Disse ainda que do interrogatório tinha ressaltado que os referidos "senhores" tinham recorrido a esse "expediente" devido a não terem trabalho na altura. Relembrou que, como a acção movida não incluia indemnização, ninguém iria receber o dinheiro extorquido, até porque os réus não tinham como pagar. Finalmente veio a cereja em cima do bolo - dado que os "coitadinhos" se mostraram arrependidos ele (Sr Dr Juiz) iria perguntar a cada um se queria retirar a queixa...
Assim vai a justiça em Portugal...
Etiquetas: Coisas intimas
12 COMENTÁRIOS:
Apetece dizer uma daquela asneiras grandes...
Assim vai a justiça portuguesa, uma verdadeira miséria...
É por estas e por outras que eu estou a começar a pensar que o crime compensa...só se tem que alegar que se é miserável...
Beijinhos
P.S. - Espero que não referendem o Tratado de Lisboa, eu já o li, e confesso que se não tivesse lido uns textos explicativos, não entendia peva!
A justiça é cega, surda, muda e, às vezes, parvinha de todo.....
Entendo isso, em 1976 os meus pais fizeram um acordo com a admnistração do condominio no prédio onde vivo. Naquela altura, todos os presentes assinaram o referido documento. Em 1994, os meus pais e a administração foram a tribunal, por causa do acordo, 1976. A sra dra Juiz, entendeu que o acordo não era válido, por as assinaturas de então, não terem sido reconhecidas. Lembram-se do periodo que se vivia em 1974?
Como eu gostaria de que alguém comprasse este país.
Abraço
António
E tu retiraste...claro...está-se mesmo a ver...
Olha, se um dia eu me der ao trabalho de contar por estas bandas os acertos que tenho com a justiça, vais ver que não estás só acompanhado pelos lesados desses burlões; às vezes apetecia-me mesmo ser filho da puta!
Desculpa o vernáculo...
Abraço.
Se este não fosse um blog respeitável, começava já aqui a dizer todos os palavrões que conheço. E olha que ainda são alguns...
Beijinhos de consolo.
bom.dia, mor meu
infelizmente este é apenas um exemplo daquilo que se passa ao nível geral, não só no âmbito das autoridades/governo como das pessoas singulares! é triste, mas é a nossa realidade.
gosto de ti!
beijos, muitos
pois... este país é sem dúvida um paraíso, para aldrabões e vigaristas...
o mais incrível é existir pessoas que ainda tem descargos de consciência, para como esses parasitas...
(agora só 1 aparte)
no outro dia, estava a pensar... mas afinal o que é estar errado?
Isto do ganhar dinheiro, na minha opinião, é como se fosse um jogo, e os que não descobrem um "estratagema", fodem-se...
1- Roubar para ter, e viver bem (mal consigo) á pala do otário que trabalha...
2- "Trabalhar" e ao mesmo tempo, ir passando uns atestados de estupidez disfarçadamente, amealhando á pala da ignorância...
3- Fazeres o que tens a fazer, receberes o teu ao fim do mês, e o resto é paisagem...
eu sou da 3, pq não vou andar a bater com o gelado na testa, por causa de labregos que nunca se vão entender...
já é kuase fim de semana :D
"E tu retiraste...claro...está-se mesmo a ver..."
dude not everyone is a douchebag...
Foda-se! Isso é nojento!
(E o novo código penal não veio ajudar nada.)
Já viram a "vendetta" que grassa no Porto?!
Se calhar, o António tem razão: não há quem compre este país sentado?!
Pois eu nem palavrões, nem nada.
Acho mesmo que não há comentário possível a tudo o que acabas de testemunhar.
O meu sentimento, relativamente a isso, resume-se na primeira palavra usada pelo Catatau: Foda-se!!!
(e não me desculpem o "vernáculo", porque é mesmo isso que eu quero dizer!)
A mim aconteceu-me algo parecido, há uns bons anos atrás:
Roubaram-me o carro, bateram com ele num outro novo (apesar de ter feito queixa à Polícia antes do acidente, a companhia de Seguro agravou-me o prémio de seguro por causa disso...) e como foi um drogado que o roubou, para que o Estado me indeminizasse... eu teria de apresentar um atestado de pobreza!!!!!
Se o carro em questão fosse um Ferrari... era a mesma coisa!
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